Uma corrente do MPLA na província do Huambo esta a estudar forma de convencer uma militante da UNITA, Beatriz Lohambe Enoque para testemunhar em favor do partido no poder, perante a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), que se encontra no planalto central a investigar as denuncias de casos de intolerância política naquela província.
Beatriz Enoque é vista como peça fundamental por ter presenciado a 6 de Dezembro de 2010, o assassinato do seu esposo, Enoque Tomas por alegadamente pertencer a UNITA. (Enoque Tomas foi dirigente e conselheiro da UNITA na área de Jamba Chinyeni, Comuna da Chinhama, no município do Katchiungo). Durante aquele incidente a viúva ficou com um dos braços partidos. A corrente do MPLA, receia que a senhora seja ouvida pela CIP, e que relate o episodio, descrito como “embaraçoso para imagem do partido no poder”.
Para evitar embaraços, a referida corrente do partido no poder, tomou contacto com Beatriz Tomas para influenciar a sua versão. Beatriz Enoque foi aliciada para a entrar na OMA e esta a ser orientada para fazer uma comunicação em que atribui a UNITA, culpa pelo assassinato do marido.
A CPI que é liderada pelo Vice-Presidente da bancada do MPLA, general Higino Carneiro chegou ao Huambo na Quinta-feira e no dia seguinte da viagem seguiu para o Município do Bailundo. A maior parte dos crimes conotados aos actos de intolerância política, no Huambo, terão ocorrido nas comunas do Luvemba, Hengue e Bimbe, no Bailundo.
Antes da delegação do CPI chegar a província, o administrador do município do Bailundo, Manuel Sampaio do Amaral teria tentado evitar que a delegação parlamentar fosse aquela zona. Chegaram a informar que a ponte do rio Kusso que dava para a sua área de jurisdição estava interditada. Já em Janeiro ultimo o administrador Sampaio do Amaral teria impedido uma delegação da UNITA chefiada pelo seu secretario provincial Liberty Chyaka de chegar na comuna do Hengue e Luvemba invocado os mesmos motivos.
Fonte: Club-k.net
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