segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

EM CACUACO - Bebé encontrando em contentor de lixo


A cidadã que encontrou rejeita entregar à mãe por temer o pior devido o histórico da senhora. 

A cidadã Ana Baptista de 38 anos de idade está a ser acusada de abandonou do filho de apenas dois meses num contentor de lixo próximo de sua residência, no bairro Ecocampo, município de Cacuaco. A criança foi encontrada, na manhã do passado dia 16, por uma vizinha da mesma, Ermelinda Freitas que se encontra a cuidar da criança por orientação da direcção municipal do Assistência e Reinserção Social. 
Segundo consta, depois de encontrar a criança Ermelinda decidiu ficar com a mesma, mas foi contrariada pela Polícia que orientou entregar a mesma aos pais e assim foi. Alguns dias depois, Ermelinda decidiu visitar a criança e afligiu-se com o que viu, encontrou os pais da criança “totalmente embriagados e a criança abandonada”. 


Na sequência, foi à esquadra policial informar a referida situação que foi posteriormente informada à direcção da Assistência e Reinserção Social que promoveu um encontrou entre as partes onde decidiu-se que Ermelinda continuaria a cuidar da criança até os próximos passos. 
Os familiares da criança, segundo apurou o Folha8, concordaram com a referida decisão em virtude de Ana Baptista ser recorrente em maltratar os filhos.  
Era, por exemplo, a segunda vez deixa o pequeno Lemmy à lixeira. “Quando ela fez isto, pela primeira vez, quase que o carro da recolha do lixo levaria a criança”, recordou um dos familiares, acrescentando suspeitar que ela é causados da morte de oito do onze filhos que teve. 
“Tanto ela como o marido bebem muito e quando está embriagada maltrata muito os filhos. Dos três filhos que têm, apenas um vive com eles, os outros estão com os familiares dos pais”. Ana teve filho com pai diferente e vive solteira. O pai do pequeno em causa, Manuel Fernando, 28 anos, é alcoólatra e rejeita ficar com a criança argumentando falta de condições.    
constatamos que além dos pais do pequeno, os familiares que vivem no mesmo quintal com a mãe da criança também são condenáveis consumidores de bebidas alcoólicas, mormente de fabrico caseiro. 


“Uma vez deixou um filho morto no quarto de banho duma casa de “kimbombo” e a dona do estabelecimento teve problemas sérios, foi obrigada a assumir o óbito”, lembrou uma tia de Ana que, no entanto, também se encontra extremamente embriaga. 
Ermelinda Freitas apresentou o pequeno com vários ferimentos na cabeça à esquadra da praia exactamente no dia que aconteceu o insólito, tendo sido decidido que o mesmo deveria ficar com os familiares, e assim aconteceu.


Sexta-feira 17, a salvadora do bebé, preocupada, vai visitá-lo e depara-se com Ana Baptista em alto estado de embriaguez deitada no chão, conforme mostra a foto, e a criança em péssimo estado.
Novamente foram ao posto policial e no local ficou decidido que a criança ficaria com Ermelinda Freitas até resolver-se com quem permaneceria o bebé. No entanto, a mãe da criança sempre que se lembra do filho vai contactar Ermelinda que, no entanto, rejeita entregar a criança, pois “podem mata-la”, argumenta. Apesar das tentativas, não conseguimos ouvir a versão da mãe da criança, pois às vezes que tentou-se a mesma estava embriagada e sem condições de falar. 


A VOZ DO SOCIÓLOGO

Dianvutu Bento, sociólogo, repreende a acção de Ana, sublinhando que a mesma precisa de ser “reeducada”, pois “não tem sentido de responsabilidade e não gosta do filho. Como não conseguiu fazer um aborto durante a gravidez, agora tenta livrar-se dele deitando-o ao lixo. O facto de consumir bebidas fermentadas piora a situação. Deveria ser internada em uma casa de recuperação. O Estado deve prender essa senhora”. Mais adiante o sociólogo defende que as pessoas antes da prática sexual devem saber o que pretendem realmente com o referido acto para depois não maltratarem os filhos. 

Sedrick de Carvalho 





Bispo Nunes classifica Pastor Jaime doentio


O bispo Afonso Nunes recusou responder as acusações do Pastor Jaime Baptista, considerando-o ser doentio, tal classificação foi avançada a 23 de Fevereiro de 2012, durante os festejos do 94º aniversário do “Profeta” Simão Gonçalves Toco.
O festejo da data natalícia do “profeta” Simão Gonçalves Toco foi comemorado em Conferência de Imprensa, realizado no Templo Sede daquela Igreja de cariz africano. O Simpósio contou com a presença de vários Pastores e jornalistas que, tiveram de descalçar os sapatos para ter acesso ao interior daquele Templo Tocoista. Diante de vários fiéis o Bispo Afonso Nunes exaltou por várias vezes a imagem do “profeta” Simão Toco, líder fundador da referida Igreja e, rejeitou responder as várias acusações que tem sido vítima por parte do Pastor Jaime Baptista. Para o bispo, pastor Jaime está “doente” e justificou a afirmação, “já o chamamos várias vezes mas, ele (Jaime) tem um ar de superioridade e não entende ninguém”. Disse o bispo Afonso Nunes prometendo ter novos contactos com o referido pastor “para que se concretize a reconciliação total dentro da Igreja”. Durante os festejos natalícios do “profeta” fundador do Tocoismo a Igreja de Nosso Senhor Jesus Cristo no Mundo vai bater-se mais para o processo de paz, reconciliação, liberdade e verdade dos fiéis religiosos e dos angolanos em geral. “Pois, a mensagem de Cristo de verdade e liberdade deve existir sempre na nossa Igreja”, disse Afonso Nunes que, sem hesitar felicitou o empenho do Bissemanário F8, “este órgão tem desempenhado um papel importante na sociedade porque tem chegado aonde a Igreja as vezes não chega” reconheceu o Bispo da Igreja de Nosso Senhor Jesus Cristo no Mundo, sedeada na zona do Golfe 2, município do Kilambakiaxi, na Província de Luanda. Ao terminar o primeiro encontro dos festejos do 94º aniversário de Simão Gonçalves Toco, o bispo Nunes alertou aos presentes a serem vigilantes contra as obras de Satanás que, segundo o mesmo, usa os fiéis e alguns órgãos de Comunicação Social para atacar os servos de Deus. “Qualquer ataque que se faça contra os homens de Deus é perigoso e tem consequências que podem ser de geração em geração”. Ameaçou.

Antunes Zongo


segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

Teses de defesa do tio Setas


Para quem conhece o António Setas, enquanto escritor, jornalista e homem de uma apurada mão para a culinária, sabe que ele nunca tentaria ludibriar qualquer júri. Que a introdução na sua obra que concorreu ao Prémio Sagrada Esperança de citações de um livro, que por sinal ele traduziu, não significa plágio, deliberada intenção de imitar ou copiar fraudulentamante, não foi isso que ele fez, e quem o conhece sabe disso, o que, de qualquer modo não o iliba de falhas, é claro.
Baseado nas experiências de colagens literárias, que, para ele, tanto como para nós, são limpidíssimas homenagens aos textos referenciados, o ti Setas, colou. ipsis verbis, passagens de Mbah (de que imediatamente revelou a origem, antes de saber do“caso”), e fê-lo depois de ter reflectido e renunciado a fazer uma versão pessoal inspirada de Mbah, o que a seu ver, aí sim, teria cheirinho a plágio. É que plágio, diz o dicionário de língua portuguesa, é «imitação ou cópia fraudulenta», ora, à imitação renunciou, recusando servir-se do texto de Mbah para elaborar outro, nele "inspirado"; por outro lado, se os seus juízes consideram que as suas colagens são cópias, o nosso amigo pergunta, "Mas onde é que está a fraude? Fraude existiria se não revelasse a minha fonte, ora foi isso que eu fiz, o que, de resto, foi num primeiro tempo favoravelmente aceite por Irene Neto". Mas agora respeita a opinião do júri. Acha que lhe foi lançado um repto e vai aceitá-lo: este ano vai tentar fazer qualquer coisa para concorrer de novo a este Prémio Sagrada Esperança.

Retirada de um Prémio


O júri do Prémio Sagrada Esperança decidiu retirar o galardão ao nosso kota, carinhosamente, tratado por tio Setas (vulgo António Setas), que neste momento se encontra em tratamento médico na Bélgica, e, é claro que ele já estava ao corrente da decisão do Júri. A decisão, segundo ele próprio opinou, apesar de lhe parecer injusta, justifica-se em parte, "o suficiente para ser aceite", pois reconhece que cometeu algumas gaffes e distracções como, em boa ética, deveria ter sido evitado. Considerou que devia ter contactado de antemão o autor da obra de que se serviu para o anexo da sua estória, um texto exclusivamente à parte, de simples pendente histórico e não de criação literária; que devia também, talvez, ter prevenido o Dr. António Fonseca antes de apresentar o manuscrito, e, para terminar, deveria ter VISTO que as referências históricas tiradas do livro de Mbah, postas na boca do seu personagem principal, deixavam de ser referências para fazerem parte integrante de um discurso na primeira pessoa, o que passava a ser indetectável pelos jurados na sua qualidade de dados históricos retirados de um livro científico. Quer dizer, aceitou o veredicto por se ver obrigado a admitir que a sentença final punia o facto de ele ter, voluntária ou involuntariamente, pouco importa, ludibriado o júri.

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Tribunal Dona Ana Joaquina - Juiz “favorece” queixosa


José João Kussudy considera injusta a decisão do Juiz de Direito da 2ª Secção da Sala de Família do Tribunal Provincial, Lourenço José, no julgamento do litígio judicial com ex-esposa, Dulcínia Rita. 

A acusação deve-se pelo facto de o juiz em causa ter ditado a sentença a favor da ex-esposa.
Em 2009, Dulcínia Rita, funcionária do Hospital Neves Bendinha, apresentou queixa ao tribunal provincial de Luanda, alegando falta de sustento à família. 
O tribunal, no estatuto de assistência judicial aos menores, ao abrigo dos artigos 4º, 251º e 255º do código da família, ordenou, sem a devida análise do processo, o desconto de cinquenta mil (50.000) Kwanzas da folha de salário de José Kussudy, para a regulação do exercício da autoridade paternal.
Facto que levou o mesmo a recorrer a outras instâncias, tendo chegado até ao tribunal supremo, depois de não ter tido sucesso, também na Provedoria de Justiça, onde continuou provando que nunca deixara a família sem o devido sustento. Mas sem sucesso.
Portanto, lamenta a repartição do salário total, beneficiando a mulher “fugitiva” do lar. O juiz, segundo o marido, ignorou as declarações do mesmo e seu representante legal perante ao tribunal, tendo em consideração as alegações de Dulcínia Rita. 
As discórdias começaram com a chegada da mãe de José em casa do cônjuge, presença que suscitou aborrecimentos à Dulcínia. Várias disputas foram travadas pela mesma com intuito de expulsar a sogra do convívio até que, em 2008, a queixosa abandonou o recinto conjugal, levando toda a mobília na ausência do esposo, quando se encontrava num boda familiar. No momento em que rasgava o salão dando fortes passadas de semba, foi informado pelo vizinho atento que sua garina carregara os mambos numa camioneta sem piedade.
“Ela já nem respeitava-me. Chegava em casa altas horas da noite, nem sei qual o táxi que trazia-lhe àquelas horas; dormia fora dizendo que estava na igreja; maltratava a minha mãe, não alimentava-a, principalmente na minha ausência, mesmo adoentada”, disse Kussudy.
Desesperado e sem puder fazer nada, José viu-se impossibilitado de reaver os filhos por desconhecer o paradeiro da evadida.
Meses depois, o mesmo recebe uma notificação do tribunal para responder a queixa apresentada pela dama. Apesar da má notícia, José fica aliviado por voltar a ter informações sobre os filhos.
Em tribunal, José João foi confrontado com intimidações provenientes do juiz favorecendo Dulcínia Rita, inclusive o seu advogado foi abafado pelo autoritário.
 “Ele simplesmente limitou-se a ouvir a senhora Dulce, não dando espaço a mim e ao meu advogado para falar, simplesmente por questões tribais, mandando-me assinar documentos sem permitir que fizesse a leitura devida, fazendo-me crer que se tratava de mera lista de presença”, declara José.
Perante o juiz, dona Dulce disse existir apenas três filhos entre o casal, mas, quatro filhos é o total. Tais informações suscitaram inquietações ao progenitor que, revoltado e desorientado, promete levar a mesma às barras do tribunal para provar o que disse. 
Esforços foram envidados para ouvir a versão da ex-esposa que, infelizmente, não conseguimos por razões alheias a nossa vontade, portanto, traremos em próxima edição o desenrolar da história.
Pede-se a quem de direito que reveja a posição do juiz Lourenço José, caracterizado pela arrogância, má educação e falta de ética; segundo José Kassudy.

Sedrick de Carvalho e Toni Neto

Ex-consumidor de drogas afirma - Polícia facilita o tráfico



A venda de drogas no bairro Malaginho, município do Kilamba Kiaxi, é feita por estrangeiros, maioritariamente congoleses democratas, vulgo langas, com o conhecimento e conivência da polícia local; a acusação é de Simão Balila, ex-consumidor e morador do bairro citado.

O negócio ilícito é praticado em plena luz do dia e com o conhecimento de agentes policiais da esquadra local, facto que origina maior insegurança nos arredores, pois, os consumidores, por necessitarem de satisfazer seus vícios, recorrem a práticas matreiras como assaltos e roubos a mão armada em residências.
“Esses langas (congoleses) que vês ai a jogarem cartas, estão a vender drogas, tipo nada. Quando eles percebem que alguém está indo pegar o mambo, eles até chamam. Os putos compram ai. Depois de drogados rompem os cubicos dos vizinhos para roubarem coisas e venderem, para, dia seguinte ou mais tarde, comprarem mais drogas, até a mim já assaltaram, por volta das 3 horas”, adiantou o supracitado.
Os narcóticos mais vendidos na zona são a cocaína (libanga) e o cannabis (liamba), vendidos a vários preços, sendo 500 kwanzas o mais alto.
Os grupos de marginais encarregados pelos distúrbios na vizinhança denominados por “Ta lembido”, “Os pandemónios”, “Os japoneses” e “Os nogueiras”, fazem-nos sem receio de represálias pelas autoridades competentes. 
Como mais uma consequência do uso de drogas, as minis lojas dos compatriotas dos vendedores de estupefacientes são as mais assaltadas. 
“Se ligamos à 7ª esquadra, para lhes falar desses madgés (pessoas), eles não vêm. Têm pactos com esses gajos, por isso não vão presos, e os dreidas (marginais) que pinam (roubam) aqui, também não demoram na kuzú (prisão)”, acrescentou.
Recentemente, malianos foram brutalmente assassinados por elementos até agora não identificados pelo comando municipal da polícia nacional. 
“O dono dessa cantina foi cortejado com catanas. Parece que os dreidas estavam bem drogados. Romperam a porta com martelos, cortaram as correntes e tudo. Levaram todo o dinheiro e alguns mambos mais. A polícia veio aqui e levou o corpo. Não fizeram mais nada”.
O “coté”, como é denominado a droga, é comercializado de forma mais leviana possível e sem interpelação pelas autoridades competentes, fazendo aumentar a falta de confiança às forças policiais por parte dos munícipes, pois o contributo prestado pelos mesmos tem caído em saco roto devido à cumplicidade dos agentes com os prevaricadores das normas jurídicas.
O ex-consumidor conta-nos em que situação deixou de fazer uso de droga. “Percebi que essa cena não leva a lado nenhum. Quando eu consumia até nem assaltava, o meu problema era gastar nas drogas o dinheiro que recebia do trabalho. Eu misturava a libanga com a liamba para dar um stresse (efeito) maior. Não parava em casa, os pais dela já reuniram comigo, mas eu não deixava. Vendia as coisas de casa. Quando o meu primeiro filho morreu, estava numa situação muito crítica, sem dinheiro algum para sustentar o óbito. Pensei bem, analisei em tudo que perdi e decidi deixar mesmo disso. Estou a 5 anos sem drogar-me e tenho tido muitos benefícios”; relatou-nos Simão Balila.

Sedrick de Carvalho e Mário William

ORDEM DOS ADVOGADOS DE ANGOLA - OS CONTORNOS DA PROFISSÃO


O bastonário da Ordem dos Advogados de Angola (O.A.A), Inglés Pinto disse que o mercado da advocacia em Angola tem registado um aumento no que concerne a efectivos, mas ainda carece muito no que tange a questões técnicas e financeiras. 

A finalizar o mandato da direcção da O.A.A, Inglés Pinto avança que o balanço dos últimos três anos é positivo. As estatísticas apontam para mil e trezentos e vinte (1320) o número de advogados inscritos na ordem até ao momento, infelizmente, apenas 20% desse número é que advoga na plenitude, transformando a advogacia num trabalho a part-time. Muitos são docentes e outros consultores de empresas, distanciando-se por completo da sua área de formação. 
Segundo o mesmo, as condições da ordem são péssimas, pois conta com uma verba do Estado insuficiente para gerir a instituição, facto que dificulta a assistência jurídica aos cidadãos, como é consagrada no seu estatuto e na constituição da República, contando com o patrocínio de algumas intidades públicas, internacionais e dos mesmos membros, algumas vezes. 
Por registar um elevado índice de desenvolvimento social e político em relação às demais províncias do País, Luanda alberga uma concentração de 90% dos advogados, estando os restantes 10% espalhados por Cabinda, Huila, Benguela, Zaire e Huambo, com cerca de 10 advogados cada, número que não contribui para a plena realização da assistência jurídica a que os cidadãos têm direito, fazendo com que haja julgamentos sem representação jurídica condigna. Apela-se a criação, por parte do ministério da justiça, o instituto de defesa, para o cumprimento eficaz dos direitos e deveres dos necessitados.
Indagado sobre a existência de advogados estrangeiros advogando em território nacional, o bastonário foi firme em dizer que a nossa lei não permite a operacionalidade, neste ramo, de estrangeiros em solo angolano, adiantando também que existe, um número inferior a cinco (5), elementos que teimam em desobedecer às normas locais. 
Muita serenidade por parte dos intérpetes e aplicadores das normas jurídicas diante de fenómenos sociais e políticos, e análises desapaixonadas e exarcebadas, é a exortação deixada pelo actual responsável da Ordem dos Advogados de Angola.

Sedrick de Carvalho