Lisboa - O Serviço de Inteligência e Segurança de Estado (SINSE), conforme apreciação competente, reconhece dificuldades no supervisionamento da actividade de intercepção e descodificação de mensagens transmitidas na internet, uma pratica que não prestavam atenção até a véspera da “manifestação do 7 de Março”.
No seguimento das inquietações que as autoridades foram sentido com a ameaça do “7 de Março”, o SINSE recorreu a especialistas Israelitas para a compra de aparelhos de alta tecnologia habilitados ao rastreamento de mensagens electrônicas “on-line”. Porém, Por falta de quadros com conhecimento para manejar os novos equipamentos, o SINSE, mandou vir de emergência um grupo de 50 especialistas Israelitas ligados as comunicações que chegaram a Luanda, no dia 5 de Março. A tarefa foi confinada a identificar a origem do email que ameaçava “derrubar o Presidente José Eduardo dos Santos, do poder, no dia 7 de Março”.
Durante as pesquisas, os especialistas estrangeiros informaram as autoridades angolanas que para além de terem sido chamados a “última da hora”, era demasiado tarde para detectar o “source” do email ameaçador. Na altura, os “experts” reprovaram o governo angolano pela realização de uma “contra-manifestação” que serviu para contrapor a “manifestação do 7 de Março” e teriam aconselhado a usarem um discurso com linguagem “de paz e seus efeitos”, para que o povo esquecesse o “ 7 de Março” .
Como medida de prevenção, o SINSE adquiriu e instalou em pontos fulcrais da cidade de Luanda, sistemas de detenção de vultos humano com a capacidade de lançar alerta a cenários parecidos a manifestação ou outras movimentações humana (Como golpe de Estado, por exemplo). O aparelho vulgarmente conhecido na língua hebraica por “Keched” tem o tamanho de um telemóvel. Tem a capacidade de emitir ondas a um raio superior 1 Quilometro de distancia. Isto é: Se for instalado no edifício do largo da Independência, o aparelho pode identificar movimentação de massas no Cazenga que por sua vez lança as coordenadas geográficas para o operacional vigilante na central. O SINSE despacha, em seguida, um operacional no local, da “confusão” e em caso de gravidade, este lança o alerta para as forças de segurança (policia de intervenção ou normal) para intervirem.
Foram também comprados/facilitados, em Israel aparelhos da mesma linha com a habilidade de detectar por via de um sistema semelhante ao GPS a localização de “divices” idênticos que estejam a ser usados, em Luanda, numa freqüência diferente aos aparelhos em uso oficial pelo SINSE.
O edifício da sede do SINSE, no bairro Maianga em Luanda é considerado como estando numa posição inadequada para a instalação dos identificadores dos “Keched” programados para detectar vultos humanos em áreas do Cazenga e Rangel. A sede do SINSE encontra-se num ângulo cujos raios em caso de montagem dos aparelhos seriam interferidos pelos edifícios a seu redor.
De acordo com cálculos avulsos, o SINSE teria gasto perto de 1 milhão de dólares apenas para a operação de prevenção, contra a “manifestação do 7 de Março”. A estimativa é baseada nas despesas diárias dos especialistas estrangeiros (cada 5 mil dólares por dia), no preço de cada “Keched” instalado nas ruas (cerca de USD 100 mil por cada) e igualmente o preço de dois volumes de caixas de aparelhos para monotorização de rastejos na internet.
As autoridades levaram, “muito a serio” as ameaças da manifestação do 7 de Março. Rui Falcão, o Porta-voz do MPLA, veio a publico acusar a UNITA como estando por detrás das ameaças. Na mesma, retórica, Bento Bento, o primeiro secretario do partido no poder em Luanda acusou “centrais de Inteligências de países ocidentais” como estando por detrás do “7 de Março”
O assunto teriam também abalado José Eduardo dos Santos (JES) a quem foi atribuído desabafos segundo aos quais trouxera a paz (aos angolanos) mas notava ingratidão em alguns que ambicionavam a sua retirada do poder. No sentido de mostrar apoio popular, orientou as estruturas partidárias a convocarem os militantes do MPLA a rua para uma “contra manifestação” que também ficou conhecida como a “marcha da paz”.
A “manifestação do 7 de Março” partiu de uma brincadeira de um jovem angolano na diáspora (nome salvaguardado) que na seqüência da deposição do ditador Hosni Mubarak alegrou-se com os dizeres de uma convocatória que leu num site árabe convocando uma manifestação. O jovem traduziu o texto da convocatória para o português e nas palavras, onde estava “Egipto” colocou “Angola”. De seguida enviou a mensagem (convocatória) para uma rede de remitentes e estes por sua vez disseminaram o e-mail a toda comunidade angolana. Para a escolha da data ao qual iria convocar a manifestação, o jovem acabaria por escolher uma data mais próxima que foi o “7 de Março” , data do aniversario da sua namorada.
fonte: club.k
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