segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

Retirada de um Prémio


O júri do Prémio Sagrada Esperança decidiu retirar o galardão ao nosso kota, carinhosamente, tratado por tio Setas (vulgo António Setas), que neste momento se encontra em tratamento médico na Bélgica, e, é claro que ele já estava ao corrente da decisão do Júri. A decisão, segundo ele próprio opinou, apesar de lhe parecer injusta, justifica-se em parte, "o suficiente para ser aceite", pois reconhece que cometeu algumas gaffes e distracções como, em boa ética, deveria ter sido evitado. Considerou que devia ter contactado de antemão o autor da obra de que se serviu para o anexo da sua estória, um texto exclusivamente à parte, de simples pendente histórico e não de criação literária; que devia também, talvez, ter prevenido o Dr. António Fonseca antes de apresentar o manuscrito, e, para terminar, deveria ter VISTO que as referências históricas tiradas do livro de Mbah, postas na boca do seu personagem principal, deixavam de ser referências para fazerem parte integrante de um discurso na primeira pessoa, o que passava a ser indetectável pelos jurados na sua qualidade de dados históricos retirados de um livro científico. Quer dizer, aceitou o veredicto por se ver obrigado a admitir que a sentença final punia o facto de ele ter, voluntária ou involuntariamente, pouco importa, ludibriado o júri.

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