Tal como todos “expert” na matéria previam, Isaías Henriques Ngola Samakuva voltou a conquistar a inteira confiança da maior parte dos delegados (com 860 votos), no XI Congresso da UNITA que decorreu de 13 a 16 do corrente, sob o lema “Unir Angola para a mudança em 2012”, em Luanda, para dirigir a UNITA para mais um mandato de quatro anos.Isaías Samakuva, ou melhor, “Mano Sama”, voltou a ser reconduzido – pela a terceira vez – ao cargo mais alto daquele maior partido da oposição, vencendo assim o jovem corrente Estevão José Pedro Katchiungo com 860 votos a seu favor – que equivale a 85.6% – contra 112 votos, qualquer coisa tipo 11%. Enquanto aos votos brancos calculou-se cerca de 24, equivalente (2,8%) e quatro votos nulo a (0,3%).
Ao discursar, Mano Sama agradeceu a confiança depositada e se comprometeu a continuar a trabalhar para o engrandecimento daquele partido e de Angola, consequentemente. Sem esquecer de abordar dos próximos desafios do país, com realce para as próximas eleições gerais, aprazadas para 2012.
Já José Pedro Katchiungo, reconhecendo a derrota e felicitando o presidente eleito, manifestou a sua disponibilidade em ajudar no mandato que hoje inicia. Acrescentando que com a realização deste congresso, todos saíram a ganhar, quer o partido Unita, seus militantes e Angola, porquanto o mesmo é um exemplo de democracia.
Importa realçar que nas eleições anteriores, realizadas nos congressos de 2003 e 2007, Isaías Samakuva, agora com 65 anos de idade, venceu os seus oponentes por confortável maioria. O sucessor de Jonas Savimbi foi reeleito para este terceiro mandato para, como disse durante a sua campanha, dar continuidade ao curso dos processos que iniciou nos anos anteriores.
“A UNITA refez-se do ponto de vista psicológico dos desaires que sofreu, mas nós estamos numa fase em que é preciso continuar a gerir a organização para atingirmos os objectivos”, sublinhou na altura.
“A UNITA refez-se do ponto de vista psicológico dos desaires que sofreu, mas nós estamos numa fase em que é preciso continuar a gerir a organização para atingirmos os objectivos”, sublinhou na altura.
Por sua vez, José Katchiungo, 47 anos, que também defendeu durante a sua campanha, mudanças na hierarquia da UNITA, pois “o problema do partido está na cabeça (na cúpula)”. Segundo o político, a UNITA não está a corresponder às expectativas. “A UNITA, já disse e vou repetir, parece um jogador que sabe fazer todos os dribles, mas diante da baliza escancarada e quando a bancada já está de pé a gritar golo, a UNITA atira a bola ao lado”, frisou, irónico, para defender que isso “não pode continuar assim”, pois o partido “tem um papel a desempenhar (no xadrez político)”.
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