quinta-feira, 12 de abril de 2012

Lito Vidigal já não é selecionador de Angola

Lito Vidigal já não é selecionador de Angola, anunciou o próprio nesta quinta-feira, através da sua assessoria de imprensa.
Depois de 15 meses à frente dos «palancas negras», o treinador português, que tinha contrato por duas épocas, rescindiu por mútuo acordo.
«Lito Vidigal deixa o cargo de selecionador de Angola, também por motivos pessoais, e deixa uma herança difícil de gerir para o selecionador que vier a seguir. Mas deixa, igualmente, um trabalho feito que permitiu a Angola e à sua seleção principal alcançar uma projeção internacional que não tinha antes», diz o comunicado.
Na sua primeira experiência como selecionador, Lito Vidigal, que em Portugal treinou equipas como U. Leiria, Portimonense ou E. Amadora, deixou Angola na 78ª posição do ranking mundial (era 107ª quando chegou).
Por «digerir» terá fico a final perdida do Campeonato Africano das Nações Africanas (CHAN2011), pouco depois de ter assumido o comando, e a eliminação da CAN2012 na fase de grupos, em janeiro passado.

fonte: maisfutebol.iol.pt

Manifestantes acusam Bento Kangamba - “O MPLA não quer mentes diferentes”

Os jovens Donilde Alexandre, Rosa Conde, Adolfo Campos, Mário Domingos e Luamba, estão a ser alvos de constantes perseguições e raptos por fazerem parte do chamado “grupo dos manifestantes”.

O clamor dos jovens deve-se as perseguições e raptos que têm sofrido por elementos ligados à direcção do clube desportivo Kabuscorp.
No dia 07 de Março, Mário Domingos foi raptado e espancado por homens orientados por bento kangamba, presidente do Kabuscorp. O espancamento aconteceu frente ao tanque do Cazenga, muito próximo da esquadra móvel da polícia existente no local e, segundo o mesmo, os agentes da farda azul facilitaram o trabalho aos agressores transportando-lhe na carrinha da corporação até a terra vermelha.
“Quando me raptaram, o Raúl, vice-presidente do Kabuscorp, ligou ao Bento Kangamba pedindo orientações sobre o que fazer comigo. Assim que oiço o nome do Kangamba repito o seu nome e eles começam a bater-me”, conclamou Mário Domingos.
“Na sequência do espancamento eles obrigavam-me a dizer o nome e a localização dos meus compatriotas”, adiantou.
Os atacantes denominados de “Movimento de Defesa da Paz”, segundo os relatos, são na maioria cidadãos estrangeiros de origem desconhecida. Os mesmos estão localizados e têm a protecção de altas patentes da Polícia Nacional, conforme mostram as provas postas a circular em sites da internet.
“São cidadãos que mal falam o português. Quando me ligam, não percebo quase nada do que dizem. Pergunto-lhes sempre se falam alguma língua nacional, porque falo o Kimbumdu, mas nem percebem a minha pergunta”, disse Donilde Alexandre.
Rosa Conde, manifestante, foi detida, após espancamento em plena luz do dia, durante três dias na esquadra do Cazenga. “Todos os dias
recebo telefonemas intimidatórios. Sou vigiada até na escola pelos mesmos bandidos que estavam na manifestação a nos espancar. Eles nem se escondem.
Na noite de 27 de Março, terça-feira, Mário escapou a invasão das milícias, graças a intervenção imediata de Makuta Nkondo e Artur Pestana Bonavena. “As 17 horas e 30 minutos apareceram com outro carro, por isso não nos apercebemos da chegada deles, mas assim que vejo o rosto deles reconheci logo que eram os assassinos. Ficaram na minha rua até 0 horas. Antes liguei para o tio Makuta e ao Bonavena.
Expliquei a situação e eles ligaram ao comandante do Cazenga, que logo ordenou duas patrulhas a permanecerem em minha casa até ao amanhecer. E assim aconteceu”, esclarece Mário.
O dia-a-dia destes jovens tem sido um calvário e, para prevenir males piores, alguns encontram-se refugiados em locais que acreditam serem seguros.
Questionados se já haviam feito queixa à polícia, Donilde Alexandre respondeu: “Ir a polícia é a parte mais complicada. Aqui não existe uma polícia para o povo, mas sim para o MPLA, porque quando estamos nas manifestações a polícia aparece e faz um cordão, mas quando aparece os guardas do Bento Kangamba eles abrem para agredirem os manifestantes. Depois destes malfeitores acabarem o trabalho eles fecham o cordão novamente para que ninguém sai. Desta forma como
vou dirigir-me a uma esquadra se o polícia que encontrarei lá é o mesmo que ajuda a bater-nos. Esta é a dura realidade. Não existe uma polícia que garante segurança, mas sim uma polícia que satisfaz os caprichos de certos indivíduos”.
Os jovens manifestantes reafirmam que não se vergarão às injustiças do partido que governa o país por 35 anos, e adiantam que estão a preparar mais manifestações para os próximos tempos.
“Como jovens que somos, cabe-nos a responsabilidade de levantar debates sobre a situação do País e reclamar os nossos direitos. Por fazermos isso é que os dirigentes deste Estado chamam-nos marginais, dizem que queremos guerra. Eles não querem uma sociedade consciente dos seus direitos, não querem uma juventude intelectual, simplesmente querem o espírito monopartidário”, palavras de Alexandre.
“Eles querem formatar nossas ideias. Não pode existir mentalidades diferentes. Se a cor do papel é branca e eles disserem que é amarela, então todos têm de dizer que é amarela. Isso não pode continuar. 32 anos é muito”, acrescentou.
Por outras palavras, está declarado em Angola o verdadeiro Estado de Sítio.

Sedrick de Carvalho

Conflitos de interesses precipitam saída do DG do Novo Jornal

Um atribuído conflito de interesses, precipitou   o afastamento  do Jornalista angolano  Victor Silva “Cilito” das funções de Director Geral do “Novo Jornal”. A saída do  também administrador não-executivo do Jornal de Angola   foi patente a margem de  uma reunião dos acionistas da publicação ocorrida no  passado dia 29 de Março, em Luanda.
A publicação  deverá ser, entretanto,   assegurada pelo actual  DG adjunto  Gustavo Costa  (que manifesta  pouco interesse no  desafio) e por um outro jornalista Manuel António  até a apresentação formal da nova direcção.   Paralelamente, a estas movimentações, o grupo  New Media,  que  é a empresa detentora do Novo Jornal  terá igualmente  um novo administrador executivo,   ligado ao Presidente  do Banco BESA, Álvaro Sobrinho de quem é cunhado.
O Novo Jornal publicação ao qual a ESCOM   teria encurtado  apoio financeiro, em 2010,  está igualmente  ligado  a um  grupo econômico Porfírio, que detém   participações no Banco de Espírito Santos (BESA) e no Banco de Fomento de Angola (BFA).  Ambas as instituições fazem-se sentir junto a sede do jornal  por intermédio  de dois quadros, Emiliano Tavares (ESCOM) e o luso angolano Manuel  Dias ( BESA).No ano  passado,  atribuiu-se a Sonangol  interesses  por esta  publicação, sem no entanto, ter  havido  registro de alguma formalidade. Manuel Vicente, o ex- PCA da petrolífera angolana é agora citado    como   parte interessada deste  projecto  de comunicação social  através  da  “Media Rumo SA” , sociedade onde esta também  o empresário português Pinto Balsemão.

Teles anuncia: “Vamos avançar com uma proposta de compra do BPN Brasil”


Fernando Teles, presidente do banco BIC Angola e accionista da instituição, que comprou o BPN através do BIC Portugal, afirma que vai apresentar ao Governo uma proposta de aquisição do BPN Brasil.
A entrevista a Fernando Teles, 59 anos, accionista e presidente do BIC Angola, decorreu já na sede do BPN. Na sala, o único traço dos novos proprietários é a gravata do bancário que passou a banqueiro (é dono de 20%), com o símbolo da instituição que criou em Luanda, juntamente com Isabel dos Santos, Américo Amorim e com vários quadros que foi buscar ao Banco Fomento Angola, do qual era responsável desde a sua criação.
Descrevendo-se como "humilde, sem ser subserviente", diz que a principal vantagem do BIC Portugal é dispor de liquidez para financiar as empresas portuguesas, devido ao balanço do BIC Angola. Este, criado em 2005, tornou-se um dos maiores bancos deste país. E confirma que no contrato inicial, de 31 de Julho, negociado com o actual Governo, a linha de liquidez a fornecer pela CGD no valor de 300 milhões de euros tinha um spread de 0%.

Como correu a reunião de terça- -feira com os trabalhadores do BPN?

Muito bem. Estiveram mais de 200 pessoas e aproveitámos para apresentar os quadros do BIC que vão chefiar algumas áreas. Expliquei o que é o banco, quem são os accionistas, quem sou eu próprio, qual é o nosso objectivo de crescimento no exterior, e em que mercados estamos. Depois passei a palavra ao engenheiro Mira Amaral [presidente do BIC Portugal] para falar sobre os seus objectivos e a sua equipa. E pedi aos quadros para darem a sua opinião sobre a forma como devemos rapidamente tornar este banco um banco credível e rentável.

Fez promessas aos trabalhadores do BPN?

Disse-lhes que o futuro está nas mãos deles. Se eu puder manter mais de mil postos de trabalho no BPN [o mínimo exigido pelo Governo é de 750], vou manter. Acredite que o farei. Tenho consciência de que o cenário na Europa não será bom durante alguns anos, mas nós o que queremos é sair do vermelho.

E em relação às 220 agências? Quantas pensam fechar?

Se puder ficar com todas as agências, também fico. Disse aos trabalhadores do BPN: dou-vos 120 dias para cada um mostrar o que vale. Se ao fim desses dias estivermos numa situação em que muitas agências passaram de um situação negativa para positiva, essas com certeza que se vão manter. E haverá casos em que aumentarão o movimento, mas não chegam a estar positivas...

Qual o trunfo do BIC Portugal/ /BPN?

Somos um banco com 2,5 mil milhões de dólares de liquidez em Angola. Temos 4,8 mil milhões de dólares em recursos, e temos utilizado, pelos clientes, 2,8 mil milhões de dólares em crédito. Temos fundos próprios de quase 700 milhões de dólares. Durante os primeiros quatro anos não distribuímos resultados, e agora não distribuímos mais de 40%, pelo que a situação é confortável. Tivemos a preocupação de recapitalizar o banco e de lhe dar bons rácios de solvabilidade. O facto de termos liquidez vai ser muito positivo para os gerentes do BIC Portugal, que ficam em boas condições para negociar com os empresários portugueses que estão em Angola. Podem dizer-lhes que o BIC é um banco que os pode apoiar em Angola, contrariamente a outros bancos portugueses, que não têm liquidez.

Tais como? O BFA, do BPI?

Não. O BPI tem liquidez. O que não tem é o Banco Espírito Santo Angola, toda a gente sabe disso. Mas esse é um problema do Espírito Santo. Nós podemos captar clientes em Portugal com o incentivo de que temos um banco em Angola que lhes dá liquidez para investir. Nos últimos seis meses, parte daquilo que são os apoios da Cosec a Angola para os empresários portugueses, e como os bancos nacionais estavam com dificuldades de liquidez, tem sido o BIC Portugal que está a fazer as operações e a apoiar as grandes empresas portuguesas, como a Mota e a Soares da Costa. Fazemos as operações com garantia do BIC Angola, porque o BIC Portugal não tem balanço para fazer grandes operações.

Qual é o valor global?

O BIC Portugal tem cerca de 300 milhões de euros em crédito. Perante uma empresa que tem dividendos para distribuir pelos sócios, mas que precisa de autorização do banco central para fazer pagamentos ao exterior, o que é que fazemos? Fazemos um adiantamento cá, para eles irem fazendo pagamentos de tesouraria, e eles dão-nos a garantia lá, uma vez que têm dinheiro para fazer pagamentos ao exterior mas não estão autorizados. E fazemos essa triangulação, em termos de operações, o que permite resolver os problemas das empresas em Portugal e conceder crédito por parte do BIC Portugal.

Qual é o vosso objectivo de expansão para o exterior?

Já apresentámos um projecto para abrir uma sucursal na Namíbia e temos um escritório na África do Sul. Estamos a estudar os mercados do Congo-Brazzaville e da República Democrática do Congo, e os países encostados a Angola, a Zâmbia e o Zimbabwe. Vamos estudar o Botsuana e, eventualmente, Moçambique. Estivemos a semana passada no Brasil para analisar a hipótese de nos candidatarmos à compra do BPN Brasil.

Admite então a compra do BPN Brasil.

Vamos fazer uma proposta na próxima [esta] semana. Vai tudo ficar nervoso só de ouvir falar que queremos comprar o BPN Brasil. O Brasil vai continuar a ser um grande país, é quase um continente. A verdade é que achamos que é importante ter uma licença no Brasil. Disseram--nos que o banco central não está a conceder novas licenças, mas tem lá 15 em carteira, de bancos em dificuldade. E pode--se comprar um ou fazer uma parceria. À semelhança do que o senhor Américo Amorim ou o senhor Ruas, nossos accionistas, já fizeram, comprando o Banco Luso Brasileiro, com duas ou três agências.

Vão ficar sócios do BAI [Banco Angolano de Investimentos]?

Não é drama nenhum, e que eu saiba o BAI não acompanhou os aumentos de capital, porque não está interessado em manter-se lá. Ainda tem 5%, mas acho que não vamos ser sócios porque ele quer sair.

Já falaram com a tutela?

Já houve contactos verbais. O que a tutela quer é alguém que faça propostas. O Governo português meteu lá dinheiro em 2010, 2011 e 2012. As autoridades brasileiras, como o banco tem prejuízo, exigem que o Governo meta lá dinheiro para colocar os rácios normais. E eles têm de vender ou liquidar. O banco está à venda há um ano, houve duas propostas baixíssimas. Agora, o BIC diz que vai fazer propostas, e, assim, se calhar as seguir aparecem outras. Mas não fico nervoso, pois há lá mais 15 à venda.

Quem compra é o BIC Angola ou o BIC Portugal?

A expansão passa pelo BIC Angola, pelos accionistas, pois a decisão da Comissão Europeia impõe limitações às compras do BIC Portugal.
Já disse que interromperam as negociações com o Governo para comprar o BPN e que estiveram a analisar outras hipóteses em Portugal. Um dos bancos que estudaram foi o BPI?
O que eu disse aos trabalhadores foi isto: hoje, em bolsa, 20% do BPI custa 120 milhões de euros. Nós, BIC, temos uma accionista  que já tem 10%, se comprássemos mais 20%, ficávamos com 30% [a partir de 33% teriam de lançar OPA], e éramos capazes de ter alguma influência no banco. Mas eu não disse a ninguém se era o BPI ou o Banif. Se tivesse falhado o BPN, e houve um momento em que houve recuo, pois quiseram impor--nos algo totalmente diferente do aprovado em Junho, se calhar aí avançávamos para alternativas. E foi o que dissemos ao Governo, pois havia accionistas que estavam disponíveis para vender. E dos bancos o BPN era o pior.

Afirmou que se a Comissão Europeia [CE] tivesse exigido mais cedo os remédios, o BIC não teria comprado o BPN...

Entretanto fomos conhecendo o banco por dentro, as pessoas... Este negócio não foi pacífico a nível da assembleia geral do BIC, onde havia accionistas que não concordaram com ele. São solidários com a decisão, mas sabem que a situação do país e do BPN não é fácil. Não é fácil rentabilizar um banco com esta situação e com mil trabalhadores e 220 balcões.
No contrato inicial, de 31 de Julho, negociado entre o BIC Portugal e o actual Governo, em relação à linha de liquidez a fornecer pela CGD no valor de 300 milhões de euros, estava ou não previsto um spread nulo? [Na conferência de divulgação do acordo, a 1 de Abril, foi dito que nunca tinha estado em causa um spread nulo.]
No acordo de 31 de Julho de 2011 não havia spread. No acordo- -quadro assinado a 9 Dezembro de 2011, já havia um spread de 125 pontos-base, porque já tínhamos, Governo e BIC, consciência de que a Comissão Europeia não aceitava spread zero. Agora ele foi aumentado por imposição da CE em 2,75%.

Qual foi a imposição de Bruxelas que mais lhe desagradou?

Havia várias exigências: o BIC Portugal não pode comprar mais nenhum banco durante cinco anos. Há uma outra exigência...Quando dizem que inviabilizamos o BPN Crédito e a leasing por irmos lá buscar crédito não é verdade. As empresas não eram viáveis sem o BPN e teria de surgir um banco qualquer que lhes comprava o crédito, fosse o BIC ou outro. O que aconteceu é que o nosso modelo previa que nos entregassem 2,25 mil milhões de euros de crédito e não havia esse crédito no BPN. Só chegámos a 1,7 mil milhões ou 1,8 mil milhões de euros de crédito e depois tivemos de ir aos veículos do grupo [como o BPN Crédito] que davam crédito com financiamento do BPN para ir buscar o que faltava. Sem essa solução não havia negócio.

Os créditos que ficaram nas mãos do Estado são todos maus?

Não são todos maus. Os créditos são bons ou maus se são recuperáveis ou não, dependendo da conjuntura.

Apresenta-se com uma imagem menos institucional e menos conservadora do que é esperado num banqueiro. É um trunfo para dinamizar o grupo nesta fase?

A proximidade é muito importante. Comecei a trabalhar aos 14 anos e já passei por cinco bancos. E sempre fui uma pessoa aberta e não me dei mal com isso. Fundei o banco que o BPI tem em Angola, fi-lo crescer e quando saí já éramos líderes. Tenho a política da porta aberta, não só para os clientes mas também para os trabalhadores. Mas tenho consciência de que não vou resolver todos os problemas. Parecendo que não, se tivermos uma palavra, o cliente sai do banco satisfeito, e volta sempre. Se ele sair sem estar satisfeito, vai ponderar se tem alternativas e não regressa.
Seja em que actividade for, para fazer negócio as pessoas têm de ser simpáticas com quem nos dá o dinheiro a ganhar. E não me tenho dado mal com isso. Os colegas do Banco Borges & Irmão (BBI), no qual estive 17 anos - e onde fui líder sindical, líder da comissão de trabalhadores, membro do conselho geral -, as pessoas que estão hoje nos sindicatos bancários, o Delmiro Carreira, o Paulo Alexandre, o João Carreira, todos me conhecem.
Quando fui para Angola, há 20 anos, criar um banco do zero, fui o mesmo. Tento ser humilde, sem ser subserviente, ter dignidade e tratar todos com dignidade. Em Angola trato todos da mesma forma, e quem o faz acaba por ter êxito. Se perguntar às pessoas em Angola, ou aos empresários portugueses presentes no país, poucos dirão mal de mim. Os concorrentes são mais capazes de dizer mal, e mesmo esses não têm razão para o fazer. Eu sou um concorrente, mas se tiro um cliente é porque dou melhores condições.

A sua vertente sindicalista ajudou-o a ter preocupações sociais, é isso?

E tenho. Fui presidente do grupo desportivo do BBI durante algum tempo. Essa minha acção também me ajudou a não ter problemas com os trabalhadores. Fui candidato à associação de alunos do ISCTE e fiz parte da lista do António José Seguro, ele organizou a lista do dia e eu organizei a lista da noite. Gosto de fazer coisas. O fazer coisas é criar mais postos de trabalho. O que interessa é ser empreendedor. Associei-me ao senhor Américo Amorim e à doutora Isabel dos Santos porque são empreendedores natos. Estão sempre a ver que outros negócios podem ajudar a fomentar.

fonte: radioculturaangolana.com

Prosegue julgamento de Quim ribeiro

Decoreu Segunda-feira, 09/04, mais uma sessão de julgamento do antigo comandante provincial da polícia de Luanda, Joaquim Ribeiro, apurou a Rádio Luanda.
O primeiro declarante a ser ouvido foi o intendente Adão João António, chefe do departamento administrativo da direcção provincial de investigação criminal deLuanda, DEPIC, que desde o primeiro instante afirmou que nada tinha a dizer sobre as mortes de Joãozinho e Nila Zack.
“Não tenho nada a dizer sobre as mortes de Joãozinho e Nila Zack, nem sobre a operação e eventual desvio da avultada quantia em dólares americanos e Kwanzas, porque na data dos factos não me encontrava a trabalhar”, salientou.
Solicitado a esclarecer o porquê da sua assinatura num termo de entrega que consta dos autos, o Intendente Adão João António, explicou que o mesmo documento fazia menção de mais de um milhão de Kwanzas apreendidos.
“Este documento se referia a uma quantia de mais de Um milhão de Kwanzas apreendidos e encontrava-se sobre a guarda da aréa de finanças, que solicitado pela Procuradoria-Geral da República, fez-se a guia de entrega e por imerência da minha funçãotive de assinar”.

fonte: radioculturaangolana.com

domingo, 1 de abril de 2012

UNITA acusa ex-secretário provincial de desvio de fundos

UNITA acusa ex-secretário provincial de desvio de fundos
Ndalatando – De acordo com a Angop, o secretário em exercício da Unita no Kwanza Norte, Rodrigo Carlos Escócio Lucas, acusou, sexta-feira, em Ndalatando, numa conferência de imprensa, o antigo responsável local da organização, António Hebo (na foto), de desvio de fundos do partido e de infringir as suas regras, enquanto dirigia aquela formação política.

Rodrigo Carlos Escócio Lucas que reagia em nome da direcção do partido a renúncia de António Hebo da Unita para ingressar no partido “CASA” fundado por Abel Chivukuvuku, esclareceu que sobre ele pendia um processo disciplinar que visava a sua substituição, tendo o mesmo antecipado a sua demissão.
Esclareceu que António Hebo estava a ser investigado pelas estruturas da Unita por infracção à disciplina partidária e extorsão de 43 mil dólares aos quadros do partido que o mesmo tinha indicado, sem conhecimento da direcção do partido, para integrarem a comissão provincial eleitoral.
Rodrigo Carlos Escócio Lucas minimizou ainda a saída de António Hebo do partido, dizendo que a adesão à Unita é voluntária assim como o é o abandono da sua militância.
“António Hebo não é o primeiro individuo a deixar a Unita”, ironizou Rodrigo Lucas, acrescentando que será indicado, brevemente, um novo responsável daquele partido no Kwanza Norte.
Disse que a dissidência de vários militantes do partido para as fileiras de Chivukuvuku não vai desestabilizar de maneira nenhuma a Unita, nem terá repercussões nas próximas eleições, porque os quadros fiéis vão trabalhar visando o reforço da unidade dos militantes em torno do partido e para o seu crescimento.
Pediu aos militantes da Unita a se manterem fiéis em torno dos ideais do partido.
Saliente-se que o secretário provincial da Unita no Kwanza Norte, António Francisco Hebo, segundo ao Angop, renunciou, quarta-feira ultima, àquela organização política filiando-se juntamente com cerca de mil e 500 correligionários seus ao partido de Convergência Ampla de Salvação de Angola (CASA), recentemente fundado por Abel Chivukuvuku.
Entre as razões que o levam a abandonar o partido do “Galo Negro”, o mesmo apontou a falta de seriedade por parte dos actuais líderes da Unita, para além do desprezo e falta de atenção porque passou enquanto secretário provincial do partido no Kwanza Norte.
António Francisco Hebo foi secretário provincial da Unita no Kwanza Norte de 2008 até a data da sua renúncia ao partido.
Em conferência de imprensa onde anunciou a sua desistência, o ex-dirigente da Unita na província admitiu que ainda se revia nos ideais do fundador daquele partido mas não na forma como a organização é conduzida pelos actuais líderes, factor que considerou poderá contribuir para o fracasso da Unita nas próximas eleições gerais, que deverão ocorrer no presente ano.

fonte: radioculturaangolana.com